domingo, 29 de maio de 2011

Paris

No ano passado, quando nos preparávamos para ir a Barcelona e Lisboa, ela dizia que estava indo para Paris. E finalmente fomos a Paris.
A viagem de trem é confortável e rápida, sem os incovenientes do aeroporto. Mãe já começou fazendo sucesso na checagem de bagagem. O fiscal colocou a minha mala na esteira e pediu que ela tirasse o casaco sem nenhuma pressa. Aí se apresentou - o sobrenome dele era LINDO, e era descendente de portugues, jamaicanos e chineses (imaginem a figura). Só não a carregou através do portal de checagem porque ela passou mais rápido. Ela ficou bastante impressionada e perguntou se todos seriam assim.
Enquanto esperávamos o embarque tomamos café, comemos Muffins e fomos para Paris. Ela não dormiu pois queria ver quando o trem entrasse no mar. Assim, quando ficou tudo escuro, imaginamos que estávamos no fundo do mar.
Logo chegamos a Paris (Gare du Nord) e fomos comprar os tickets de Metro. O clima bem melhor que o de Londres e ela já estava sorrindo mais.
Até chegar ao apartamento andamos bastante, mas valeu. Descemos no Arco do Triunfo e andamos por 100 metros na Av. Carnot. Estávamos na Villa Guizot e o Greg já estava nos esperando. Greg é o francês que nos alugou o apto; muito simpático e solícito. O apartamento é minusculo, mas com tudo que precisávamos. Inclusive elevador. Não perdemos tempo e fomos para o mercado local (Carrefour) comprar algumas "coisinha".

Já tínhamos pronta a programação de quase todos os dias e aguardávamos pelo contato do Igor, que estuda na "École Polytechnique". O Igor tem 21 anos, é filho de uma prima. Assim, ele é meu primo também e sobrinho neto de mãe. Mas a relação é muito mais profunda que o parentesco. Sabíamos que não seria fácil encontrá-lo(a escola está distante de Paris) e o curso é complicado. Esta escola foi fundada há mais de 200 anos e Napoleão Bonaparte deu-lhe o Status de "militar", "Pela França, pela Honra e pela Ciência". A lista de alunos famosos começa em 1794 e passa por químicos, matemáticos, físicos, estadistas, filósofos, economistas e engenheiros. E o Igor, claro. E ele nos ligou e marcamos de nos encontrar na sexta, pois na quinta o programa era completamente turístico (ônibus aberto com parada em lugares famosos). Gastamos toda a quinta neste passeio - Catedral de Notre Dame, Louvre, Torre Eiffel, Trocadero, Campo de Marte, Ópera, Grand e Petit Palais e, claro Champs Elisees.
Escolhemos a Ópera como última parada, pois eu tinha um desejo antigo de conhecer o Cafe de La Paix. Tomamos suco, cafe e comemos canapés de presunto cru.



Voltamos para casa exaustas, pois a noite só chegou depois de 9 da noite e aproveitamos até o final, incluindo um jantar num restaurante da Champs Elisesses.

E o Igor chegou!!!

Fomos para Versailles - um dos maiores representantes mundiais da arte francesa do século XVII. Foi construído por Luís XIII, aumentado por Luís XIV, que instalou lá a corte e a sede de governo em 1682. Luís XV e XVI também moraram em Versailles.
Em 6 de outubro de 1789, a monarquia deixa Versailles após os primeiros sinais da Revolução. Em 1837, o rei Luís Felipe inaugura no Castelo o museu consagrado a "Todas as Glórias da França".
Não menos famosos, temos ainda os Jardins e Parques de Versailles, e os Castelos de Trianon, ambos feitos por e para Maria Antonieta. Os jardins datam de 1661, o Grand Trianon de 1688 e o Petit Trianon 1774.
Considerado um dos maiores do mundo, possui 1944 janelas,67 escadas, 352 chaminés, 2.300 quartos, 1.252 lareiras e 578 espelhos, 2100 esculturas (sendo 400 nos jardins) e 730 hectares de parque.
A minha obra preferida é a Coroação de Napoleão e Josefina, ocorrido em 1804. O quadro é do pintor francês Jacques-Louis David.
Napoleão Bonaparte via a Igreja com certa desconfiança, mas buscou o apoio do clero a fim de ampliar a legitimidade de seu governo. Isto torna-se evidente, através da presença de integrantes da Igreja Católica, dentre eles, a sua liderança maior, o papa Pio VII.
Napoleão procurou dar à sua coroação o mesmo significado simbólico que teve a coroação de Carlos Magno, muitos séculos antes. Por isso, no ato de sua coroação, Napoleão entrou na catedral com a espada e usava o manto do imperador franco. À semelhança de Carlos Magno, Napoleão também foi coroado em dezembro, mês do natal, e não poupou esforços para que a cerimônia fosse realizada com luxo e requinte. Napoleão e Josefina compareceram ao evento vestidos de veludo bordado e seda trabalhada em ouro e prata. A coroa de louros dourados, usada por Napoleão, evocava o esplendor da Roma Antiga.
Um pequeno detalhe, no entanto, tornou especial este dia inesquecível: na hora H, Napoleão surpreendeu a todos com o seu gesto: retirou a coroa das mãos do papa, deu as costas a ele e se autocoroou “imperador dos franceses”. A seguir ele próprio coroou Josefina, sua esposa.
Ao coroar-se, Napoleão provavelmente quis dizer que nem o chefe da igreja estava acima dele.


Imaginem quanto eu falei durante a visita.....







Voltamos pra casa, recebemos o Sandro, tomamos vinho nacional com queijos nacionais (franceses) e o Igor foi pra casa ( dormiu e esqueceu de descer na escola, só acordando no ponto final. E este era o último trem).

Sábado, dia de ir ao Park do Asterix. Este parque é um parque temático, como a Disney, mas completamente francês.
Ano 50 a.C. A Gália, região Norte da atual França, estava ocupada pelo Império Romano. Só uma aldeia de irredutíveis gauleses resistia aos invasores, liderada pelo herói Asterix. Seu amigo inseparável é Obelix, um entregador de menires, monumentos celtas feitos de uma grande pedra longilínea. Ele adora javalis, uma boa briga e está sempre pronto a largar tudo e acompanhar Asterix em novas aventuras. Quando pequeno, Obelix caiu no caldeirão do druida da aldeia, Panoramix, quando este preparava sua melhor receita, uma poção que dá uma força sobre-humana a quem a toma.
Aparentemente infantis, os episódios de Asterix, o gaulês, do falecido roterista René Goscinny e do desenhista Albert Uderzo, são o exemplo mais bem-humorado da resistência francesa ante os atos estrangeiros que violam o modo de vida dos franceses. A vila gaulesa é a França. Resiste bravamente contra a dominação cultural, política e econômica, especialmente norte-americana, muitas vezes recorrendo a poções mágicas – o vinho, os queijos, a literatura e a culinária.
Os quadrinhos de Goscinny e Uderzo foram inspirados em Vercingetorix, chefe celta do século 1o a.C., cujo nome significa “grande rei dos bravos”. Vercingetorix comandou a vitória dos celtas sobre os legionários de César na batalha de Gergóvia, em 52 a.C., e por isso se tornou símbolo da resistência. Mas, diferentemente dos quadrinhos, os romanos tiveram sua revanche no ano seguinte, no conflito de Alésia. Hoje, a luta entre os gauleses e os legionários estrangeiros fica na diversão. A 30 quilômetros de Paris, o Parc Asterix é o maior concorrente da Euro Disney nos parques temáticos.










Estávamos muito felizes e cansados. E ainda tínhamos mais um dia, os 4 juntos!!!
Fomos passear e rever alguns lugares maravilhosos, apenas pelo prazer de estar juntos!





Voltamos para Londres. Nós de trem e o Sandro de avião. Já com saudade do Igor.

Na segunda, a cena era essa.....

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Inventando moda

Quando confirmei a passagem de mãe, imediatamente comecei a imaginar atividades e passeios. Aproveitei o embalo e comprei uma máquina de costura. Não muito complicada, pois eu não sei nada de costura, mas com um mínimo de facilidades (direção hidráulica, ar condicionado, freios ABS, air bag duplo...)
Consegui colocar a linha mas desmontei algumas partes e demorei um dia inteiro para remontar. Fiz 2 tapetes para o banheiro e uma touca de banho com fita rosa. Um luxo.
É claro que a produção é somente para uso próprio, já que sou iniciante, mas se o ânimo continuar, voltando para Brasília, vou me oferecer para trabalhar com a Da. Lourdes na Costuraria!
Mãe não se identificou tanto assim com a nova atividade, mas fica do meu lado e me ensina detalhes que eu nem imaginava existir.
Comprei também botões e cola para tecidos, pois quando o espaço para costurar é muito pequeno, a cola resolve bem e eu sempre respeitei muito a tecnologia. Hoje não consegui pregar os botões (quebrei 2) e ela achou melhor concluir este trabalho no Brasil, pois restou-nos apenas 4.
Quando concluímos o primeiro tapete ficamos tão animadas que ligamos para a Da. Ísis, mãe do Marcelo, para contar da façanha. Ela gostou mas garantiu-nos que não viria me visitar, pois confirmou o que suspeitava - eu adoro "inventar moda", e ela gosta mesmo é de descansar.
Vejam a minha nova diversão:

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Oxford e Windsor

Finalmente consegui a minha primeira semana de férias. E não desperdicei.
Começamos, eu e minha mãe, visitando Oxford e Windsor.
Oxford possui a mais antiga Universidade de língua Inglesa, e uma das 10 melhores Universidades do mundo. É conhecida também como "Dreaming Spires" e por lá passaram estadistas, cientistas e Premio Nobel, entre esses Bill Clinton, Tony Blair,C. S. Lewis J. R. R. Tolkien (O Senhor dos Anéis), Edmund Halley, que deu o nome ao famoso cometa, Robert Hooke, Lewis Carroll (Alice no País das Maravilhas), Benazir Bhutto, Manfred von Richthofen (o Barão Vermelho) e Oscar Wilde.
Habitada por mais de 800 anos, moraram la a realeza e estudiosos e foi oficializada como cidade no século IX. No século XVII, durante a segunda guerra civil Inglesa, foi sede da corte do rei Carlos I, então refugiado de Londres pelos parlamentaristas. Como consequência, foi palco de diversas batalhas ao longo de 5 anos, onde o exército roialista atacava ou defendia-se do parlamentarista e refugiava-se em Oxford até sua derrota e consequente fuga de Carlos I em 1646.
A Universidade de Oxford, ao contrário do que esperamos, não é um campus definido e sim, 40 colégios espalhados pela cidade. Dentre os mais antigos e famosos colégios encontram-se Magdalen [maudlin] College, New College, Christchurch, St. Johns, Brasenose e All Souls.
Após a visita rápida da cidade, fomos para a Christchurch, que também foi locação de Harry Potter.
Encontramos 2 indianas, das quais ficamos amigas e nos deliciamos com a visita, incluindo a capela Anglicana. A minha mãe foi perfeita como companheira.















Abandonamos Oxford, com tantos lugares para conhecer, mas Windsor nos esperava.
Windsor é uma pequena cidade que abriga um dos Castelos mais famosos da Inglaterra, pois 2 vezes por ano se transforma na residência oficial da realeza britânica.
O castelo foi contruído por Guilherme I da Normandia, o conquistador, no ano de 1070 e desde então é habitado, tornando-se assim o castelo mais antigo do mundo,se considerado que é initerruptamente habitado.
O Príncipe Charles se casou pela segunda vez, com Camilla Parker Bowles no castelo de Windsor, em abril 2005.
Em 1992, no dia 20 de novembro, o castelo sofreu um grande incêndio. Foi prontamente restaurado e as obras terminaram em 1997, para comemorar as bodas de ouro da rainha Elizabeth.
Finalmente minha mãe se sentiu num castelo e ficou deslumbrada.