segunda-feira, 25 de abril de 2011

Wimbledon Park

Apesar de segunda, hoje é feriado. Dia lindo de sol e muito vento, ideal para ir ao Park, ler revistas e jogar conversa fora. E boa companhia, claro.
Liguei para Mariana e fomos para Wimbledon Park. Somente ao Park, apesar de Wimbledon Tennis Club ser tão perto.
Eu conheci Wimbledon Park quando estive aqui com a Lolo. Assim, este post é dedicado a ela, que bem que poderia estar aqui.....

Berlim

Finalmente conheci Berlim. Depois de tanto imaginar como seria esta cidade com tantas histórias, fui surpreendida. Berlim é muito melhor do que eu imaginava. E não consegui visitar os museus (ainda)!
Comecei a visita pela regiao onde fiquei hospedada - Alexanderplatz, que recebeu este nome em homenagem ao Czar Alexandre I da Russia, que pertenceu ao lado soviético de Berlim. Lá está tambem a "Telespargel", torre de televisão, que é abominada por alguns alemães, mas é um símbolo da cidade.


Dia de muito sol e feriado = Praça com muita diversão!!!!
Agora vamos ao que interessa - HISTÓRIA
Conheci uma outra forma de fazer passeio turístico bastante saudável e ecológica - a pé e quando necessário, utilizando transporte público.
Visitamos o Campo de Concentração Sachsenhausen, que hoje é um Museu e Memorial. Neste campo foram presos (sim, pois campo de contração é diferente de campo de extermínio,ou como era oficalmente conhecido - Campo de detenção preventiva) mais de 200.000 pessoas. Os judeus eram minoria e este campo funcionou de 1936 a 1945. Ele está dentro de uma pequena cidade - Oranienburg - e além de campo de concentração para prisioneiros era também local de treinamento ideológico e militar das forças da SS,além de uma unidade industrial, pois lá os prisioneiros fabricavam sapatos. Não pensem que o fato de ser "Campo de Concentração" é uma versão mais leve do que campo de exterminio. As torturas eram prática cotidiana, prisioneiros eram assassinados à revelia, e todos os absurdos que hoje conhecemos tambem aconteceram lá, como o treinamento de médicos e enfermeiras com prisioneiros e testes em câmaras de gás, assim como a "estação Z", onde os prisioneiros eram eliminados e depois cremados.
Emfim, éramos um grupo de aproximadamente 30 pessoas e ficamos juntos por mais de 6 horas. Na maioria das vezes, ou quase todo tempo, só se ouvia a voz do Carlos, o nosso guia. Não há palavras para descrever tamanha brutalidade, tamanha intolerância e crueldade. E sabemos que episódios assim se repetiram e não aprendemos ainda como evitá-los ou combatê-los. Ruanda que nos perdoe.
Aprendemos que não podemos chamar o que houve na Alemanha neste período de genocídio ou holocausto, pois foi algo maior, além do significado destas palavras. As pessoas eram marcadas por serem judias, homossexuais, comunistas, ou qualquer outro motivo que as diferenciassem da raça pura que se imaginava criar; e não tinham mais direitos (à liberdade, às leis, à propriedade ou à vida).

Rua dentro da pequena cidade, que leva ao Campo de Concentração, onde moravam os Oficias da SS com suas famílias.

Entrada do Memorial, Maquete e "Monstro Verde" como era conhecido o lugar de confraternização dos oficiais, dentro do campo e servidos por prisioneiros.
O Carlos, nosso guia, alemão e com idade de aproximadamente 35 anos, por várias vezes ficou visivelmente emocionado. Nesta foto ele está mostrando uma área onde, caso o prisioneiro colocasse o pé, ou fosse empurrado, poderia ser executado sem nenhuma explicação.
É tradição dos Judeus colocar pedras por sobre os túmulos.

Fotos, sem mais palavras

Fui para o hotel por volta de 6 da tarde. Sentei no bar e pedi uma cerveja. Não desceu. Fui pro quarto e me declarei incapaz de imaginar tamanha dor e tamanha maldade. Somos monstros cruéis e sem limite, muito além da imaginação.

Outro dia de muito sol, fui conhecer a cidade (a pé novamente.
Passei por muitos pontos e não consigo escolher o melhor, mais bonito ou mais histórico. Voltaria a todos....
Museu
Museu Historico
Catedral de Berlim
Memorial dedicado às vítimas de todas as guerras
Humboldt Universit, fundada em 1810, onde estudaram Albert Einstein e Karl Marx, dentre outros tão famosos.
Cena interessante, no Portão de Bradenburg
Memorial dos Judeus mortos na Europa - com 2711 blocos de concreto, de várias alturas. Foi inaugurada 60 anos após o fim da 2ª Guerra Mundial. Caminhar entre os blocos provoca uma sensação estranha, um pouco angustiante.
Urso, símbolo e "mascote" da cidade de Berlim
Portão de Brademburg, em dia de sol e passeata pela Unter den Linden, que é uma grande e larga avenida, como a Champs Elysees em Paris, e que tem como pontos principais e opostos a Torre de Televisão e o Portão
Parte do que restou do muro que dividia Berlim, tambem chamado de muro da vergonha, construído em 1961 e "derrubado" em 1989
Kombi pink, muito estilosa!!!
Nesta praça são 2 igrejas muito parecidas, uma de frente para outra e um Museu
Um exemplar dos Leões de Berlim, na entrada do Museu
A escadaria do Museu foi tomada pelos candidatos do Mr. Leather Berlim
Checkpoint Charlie - 3º Posto militar, (por isso Charlie, já que os outros dois eram Alfa e Bravo, seguindo o alfabeto fonético da Otan), que era uma das passagens do Muro

Descansei um pouco na praça, em frente a Catedral, ouvindo música, crianças e o rio Spree....
Fui para o Hotel, depois de comprar uma pequena lata de cerveja (1 litro), porque eu não sou de ferro!!!