No ano passado, quando nos preparávamos para ir a Barcelona e Lisboa, ela dizia que estava indo para Paris. E finalmente fomos a Paris.
A viagem de trem é confortável e rápida, sem os incovenientes do aeroporto. Mãe já começou fazendo sucesso na checagem de bagagem. O fiscal colocou a minha mala na esteira e pediu que ela tirasse o casaco sem nenhuma pressa. Aí se apresentou - o sobrenome dele era LINDO, e era descendente de portugues, jamaicanos e chineses (imaginem a figura). Só não a carregou através do portal de checagem porque ela passou mais rápido. Ela ficou bastante impressionada e perguntou se todos seriam assim.
Enquanto esperávamos o embarque tomamos café, comemos Muffins e fomos para Paris. Ela não dormiu pois queria ver quando o trem entrasse no mar. Assim, quando ficou tudo escuro, imaginamos que estávamos no fundo do mar.
Logo chegamos a Paris (Gare du Nord) e fomos comprar os tickets de Metro. O clima bem melhor que o de Londres e ela já estava sorrindo mais.
Até chegar ao apartamento andamos bastante, mas valeu. Descemos no Arco do Triunfo e andamos por 100 metros na Av. Carnot. Estávamos na Villa Guizot e o Greg já estava nos esperando. Greg é o francês que nos alugou o apto; muito simpático e solícito. O apartamento é minusculo, mas com tudo que precisávamos. Inclusive elevador. Não perdemos tempo e fomos para o mercado local (Carrefour) comprar algumas "coisinha".
Já tínhamos pronta a programação de quase todos os dias e aguardávamos pelo contato do Igor, que estuda na "École Polytechnique". O Igor tem 21 anos, é filho de uma prima. Assim, ele é meu primo também e sobrinho neto de mãe. Mas a relação é muito mais profunda que o parentesco. Sabíamos que não seria fácil encontrá-lo(a escola está distante de Paris) e o curso é complicado. Esta escola foi fundada há mais de 200 anos e Napoleão Bonaparte deu-lhe o Status de "militar", "Pela França, pela Honra e pela Ciência". A lista de alunos famosos começa em 1794 e passa por químicos, matemáticos, físicos, estadistas, filósofos, economistas e engenheiros. E o Igor, claro. E ele nos ligou e marcamos de nos encontrar na sexta, pois na quinta o programa era completamente turístico (ônibus aberto com parada em lugares famosos). Gastamos toda a quinta neste passeio - Catedral de Notre Dame, Louvre, Torre Eiffel, Trocadero, Campo de Marte, Ópera, Grand e Petit Palais e, claro Champs Elisees.
Escolhemos a Ópera como última parada, pois eu tinha um desejo antigo de conhecer o Cafe de La Paix. Tomamos suco, cafe e comemos canapés de presunto cru.
Voltamos para casa exaustas, pois a noite só chegou depois de 9 da noite e aproveitamos até o final, incluindo um jantar num restaurante da Champs Elisesses.
E o Igor chegou!!!
Fomos para Versailles - um dos maiores representantes mundiais da arte francesa do século XVII. Foi construído por Luís XIII, aumentado por Luís XIV, que instalou lá a corte e a sede de governo em 1682. Luís XV e XVI também moraram em Versailles.
Em 6 de outubro de 1789, a monarquia deixa Versailles após os primeiros sinais da Revolução. Em 1837, o rei Luís Felipe inaugura no Castelo o museu consagrado a "Todas as Glórias da França".
Não menos famosos, temos ainda os Jardins e Parques de Versailles, e os Castelos de Trianon, ambos feitos por e para Maria Antonieta. Os jardins datam de 1661, o Grand Trianon de 1688 e o Petit Trianon 1774.
Considerado um dos maiores do mundo, possui 1944 janelas,67 escadas, 352 chaminés, 2.300 quartos, 1.252 lareiras e 578 espelhos, 2100 esculturas (sendo 400 nos jardins) e 730 hectares de parque.
A minha obra preferida é a Coroação de Napoleão e Josefina, ocorrido em 1804. O quadro é do pintor francês Jacques-Louis David.
Napoleão Bonaparte via a Igreja com certa desconfiança, mas buscou o apoio do clero a fim de ampliar a legitimidade de seu governo. Isto torna-se evidente, através da presença de integrantes da Igreja Católica, dentre eles, a sua liderança maior, o papa Pio VII.
Napoleão procurou dar à sua coroação o mesmo significado simbólico que teve a coroação de Carlos Magno, muitos séculos antes. Por isso, no ato de sua coroação, Napoleão entrou na catedral com a espada e usava o manto do imperador franco. À semelhança de Carlos Magno, Napoleão também foi coroado em dezembro, mês do natal, e não poupou esforços para que a cerimônia fosse realizada com luxo e requinte. Napoleão e Josefina compareceram ao evento vestidos de veludo bordado e seda trabalhada em ouro e prata. A coroa de louros dourados, usada por Napoleão, evocava o esplendor da Roma Antiga.
Um pequeno detalhe, no entanto, tornou especial este dia inesquecível: na hora H, Napoleão surpreendeu a todos com o seu gesto: retirou a coroa das mãos do papa, deu as costas a ele e se autocoroou “imperador dos franceses”. A seguir ele próprio coroou Josefina, sua esposa.
Ao coroar-se, Napoleão provavelmente quis dizer que nem o chefe da igreja estava acima dele.
Imaginem quanto eu falei durante a visita.....
Voltamos pra casa, recebemos o Sandro, tomamos vinho nacional com queijos nacionais (franceses) e o Igor foi pra casa ( dormiu e esqueceu de descer na escola, só acordando no ponto final. E este era o último trem).
Sábado, dia de ir ao Park do Asterix. Este parque é um parque temático, como a Disney, mas completamente francês.
Ano 50 a.C. A Gália, região Norte da atual França, estava ocupada pelo Império Romano. Só uma aldeia de irredutíveis gauleses resistia aos invasores, liderada pelo herói Asterix. Seu amigo inseparável é Obelix, um entregador de menires, monumentos celtas feitos de uma grande pedra longilínea. Ele adora javalis, uma boa briga e está sempre pronto a largar tudo e acompanhar Asterix em novas aventuras. Quando pequeno, Obelix caiu no caldeirão do druida da aldeia, Panoramix, quando este preparava sua melhor receita, uma poção que dá uma força sobre-humana a quem a toma.
Aparentemente infantis, os episódios de Asterix, o gaulês, do falecido roterista René Goscinny e do desenhista Albert Uderzo, são o exemplo mais bem-humorado da resistência francesa ante os atos estrangeiros que violam o modo de vida dos franceses. A vila gaulesa é a França. Resiste bravamente contra a dominação cultural, política e econômica, especialmente norte-americana, muitas vezes recorrendo a poções mágicas – o vinho, os queijos, a literatura e a culinária.
Os quadrinhos de Goscinny e Uderzo foram inspirados em Vercingetorix, chefe celta do século 1o a.C., cujo nome significa “grande rei dos bravos”. Vercingetorix comandou a vitória dos celtas sobre os legionários de César na batalha de Gergóvia, em 52 a.C., e por isso se tornou símbolo da resistência. Mas, diferentemente dos quadrinhos, os romanos tiveram sua revanche no ano seguinte, no conflito de Alésia. Hoje, a luta entre os gauleses e os legionários estrangeiros fica na diversão. A 30 quilômetros de Paris, o Parc Asterix é o maior concorrente da Euro Disney nos parques temáticos.
Estávamos muito felizes e cansados. E ainda tínhamos mais um dia, os 4 juntos!!!
Fomos passear e rever alguns lugares maravilhosos, apenas pelo prazer de estar juntos!
Voltamos para Londres. Nós de trem e o Sandro de avião. Já com saudade do Igor.
Na segunda, a cena era essa.....
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